sexta-feira, 13 de março de 2015

10 Coisas Importantes: "De pais para filhos"


Gostaria de compartilhar com vocês algo muito interessante que li em um pequeno livro chamado "De pais para filhos" de LeRoy C. Dugan, nele o autor aponta 10 coisas que devemos fazer para deixar aos filhos e netos um legado inesquecível.
Algumas dessas coisas são na verdade importantes princípios esquecidos por muitas pessoas, mas que certamente, quando observados podem fazer uma grande diferença às pessoas que amamos, principalmente aos filhos e netos.

Primeiro Legado: Amar a Cristo.
O autor tem como ponto de partida a seguinte indagação, o que devemos deixar aos nossos filhos? Ele começa falando do dinheiro, que com toda certeza será muito importante, mas provavelmente não será o maior legado que podemos deixar. Sobre o tema afirma Dugan:
Se eu deixar milhões de dólares para meus descendentes, não darei a eles nada de valor duradouro.
Se, porém, eles lembrarem, mesmo nos momentos mais terríveis de sua existência, que o pai/avô amava acima de tudo o Filho de Deus que dá a vida, terei plantado na mente deles um exemplo de valor permanente, que fará com que se lembre da brevidade da vida e da importância de se apegar ao Salvador.

Segundo Legado: Amar o cônjuge.
Sem sombra de dúvidas esse é um tema muito delicado, pois muitas vezes acreditamos que estamos fazendo sempre o melhor para os nossos cônjuges, mas na prática pisamos na bola muitas vezes. O que lemos no livro mencionado não nos fará cônjuges excelentes, mas nos dará algumas boas dicas de amor e respeito. Nas palavras do autor:
Alguém disse, com muita sabedoria, que melhor coisa que um homem pode fazer por seus filhos é amar a mãe deles.
Abaixo a devoção ao próprio Cristo, esse é, com certeza, o legado mais importante que os pais, podem deixar para os descendentes.
Minha Espiritualidade é do tamanho com que trato minha esposa.
Nenhum destaque público, seja em reuniões de oração, exposição bíblica bem feita ou testemunho fervoroso, serve como critério para essa avaliação obviamente difícil. Posso dedicar à oração, pregar mil sermões, repreender a impiedade de milhares de políticos e lutar até ao dia do juízo final pelos valores da família, mas nada substituirá o simples amor por minha esposa, semelhante ao de Cristo pela Igreja.
Em seguida o autor sugere algumas formas de tornar evidente o amor entre os cônjuges, que são as seguintes:
a)     Jamais critique seu companheiro em público.
b)     Nunca contradiga seu companheiro em público.
c)      Nunca faça uma comparação depreciativa de seu companheiro para outra pessoa.
d)     Não deixe de expressar gratidão pública por tudo que seu companheiro faz.
e)      Não hesite em demonstrar afeto em público. Mãos dadas, beijos discretos e abraços carinhosos proporcionam grandes revelações às crianças que observam o casal.
f)       Diga aos outros que você ama seu companheiro! Declare em palavras!
g)     Sirva seu companheiro com alegria.
h)     Cubra seu companheiro com símbolos de amor. (pequenos presentes que tenham significado de carinho para o casal).
i)       Elogie seu companheiro ao conversar com os filhos.

Terceiro Legado: Senso de humor.
LeRoy C. Dugan menciona neste ponto que há muitas indicações na Bíblia sobre o bom senso de humor, e cita algumas passagens, entre as quais destacamos duas:
“Todos os dias do aflito são maus; mas o coração contente tem um banquete contínuo.” (Provérbios 15:15)
“O coração alegre serve de bom remédio.” (Provérbios 17:22)
O autor nos alerta ainda que:
Uma das tentações da idade é esquecer as coisas alegres e felizes que iluminam nossa vida e remoer o “que poderia ter sido”.

Quarto Legado: Senso de organização.
Nesse Capítulo do livro, Dugan expõe uma brilhante definição de ordem determinada pelo Criador, ele diz que:
Há evidências de organização por toda parte. O Sol nasce se põe todos os dias em horário previsível.
Deus determinou ordem, não apenas no mundo natural, mas também no espiritual.
Logo em seguida o autor nos apresenta alguns fatos que podem acontecer, e que de fato acontece com muitas pessoas e famílias, quando negligenciamos a ordem estabelecida por Deus:
a)     Estabelecemos o caos em nossa vida pessoal.
b)     Estabelecemos o caos na família. A ideia do “cabeça” praticamente desapareceu. As palavras de ordem são “parceria” e “decisão familiar”.
c)      Além do mais, temos mantido o caos como princípio regulador das atividades da casa. Decidimos, há muito tempo, desprezar todo tipo de rotina que resulta de organização, dificilmente fazemos refeições juntos, raramente paramos para desfrutar da companhia uns dos outros em casa, quase nunca oramos juntos e pouquíssimas vezes ficamos juntos na igreja.
Outro ponto, óbvio mas verdadeiro, lembrado pelo autor é “dê atenção a sua aparência”, sobre o que ele afirma:
Acredito que nos arrumaríamos bem para entrar na presença de um membro da realeza. O fato é que ESTAMOS na presença da Realeza... do próprio Deus.
Ele também menciona que “ordem” não tem relação nenhuma com a condição financeira ou posição social. E que uma casa em ordem expressa hospitalidade, já a desordem por sua vez fala o contrário:
“Eu me importo tão pouco com minha família e com você, meu convidado, que nem me dou ao trabalho de deixar minha casa com a melhor aparência possível para recebê-lo”.

Quinto Legado: Integridade.
Nesse aspecto concordo sem reservas com as palavras do autor:Em toda história, nunca houve tanta necessidade de demonstração aberta e decisiva de integridade”. Ele menciona algumas situações em que temos a oportunidade de praticar atos que demonstram integridade:
Cumprir promessas
Poucas coisas minam tanto a confiança na geração mais velha do que deixar de cumprir uma promessa. As palavras “Mas você prometeu!” são o grito angustiado de uma criança para quem o mais velho havia dito que a levaria para pescar, assistir a um jogo ou tomar sorvete e não fez o que prometeu.
Uma promessa tem que ser cumprida, a qualquer custo!
Guardar Segredos
Sei como é fácil desprezar a importância de guardar informações confidenciais de uma pessoa mais jovem. Às vezes, o “segredo” é tão trivial que parece não haver nenhuma consequência grave em revela-lo.
Na verdade, há ocasiões que permitimos se torne objeto de piada [...]
Seguir Regras
Se você dirige sem habilitação ou sempre acima do limite de velocidade permitido para via, está estabelecendo uma base para seu filho, no futuro desrespeitar as leis.
Se você sai da loja sabendo que o funcionário se enganou e lhe deu mais troco do que devia, só há uma opção [...] devolva. (óbvio, mas verdadeiro)
 Jesus viveu sob o poder de um sistema político totalmente pagão, [...]Quando, porém, um discípulo perguntou como pagariam o imposto do templo, Jesus não fugiu à obrigação [...].
As regras no local em que trabalhamos [...] são oportunidades para demonstrarmos integridade!

Sexta Legado: Generosidade.
A Generosidade é um dom de Deus, precisamos colocá-la em prática em nossa vida cotidianamente, o autor do livro “De pais para filhos” nos apresenta algumas coisas com as quais precisamos ser generosos, entre elas destaca, o tempo, as habilidades e o dinheiro, como conforme relata:
Seja generoso com o tempo
Filhos e netos [..] eles precisam do meu tempo. Precisam que eu os ouça, de um ouvido em que possam derramar suas histórias e problemas.
Seja generoso com suas habilidades
O fato é que muitas vezes nossos filhos têm mais talento do que nós. Então, parece que não há nada que possamos fazer melhor do que eles fazem.
Não se menospreze. Você estava por aqui muito antes do dia em que eles chegaram. Aprendeu coisas que eles ainda não sabem.
Seja generoso com o dinheiro
Felizmente, não precisamos ser ricos para fazer doações.
Nesse tema o autor faz importante ponderação, devemos ser generosos, mas não devemos cair no equívoco de diminuir a responsabilidade financeira de ninguém. Por isso, afirma:
Pagar as contas de outra pessoa, perpetuando mau uso do dinheiro, não é ato de amor.
Não doe mais do que a gratidão de quem recebe.

Sétimo Legado: Encorajamento.
Na Bíblia lemos muitas palavras de o encorajamento, mas uma em especial chama minha atenção, está escrita no livro de Josué 1:9 que diz: Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não te atemorizes, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus está contigo, por onde quer que andares”.
O livro “De pais para filhos” reitera a necessidade de incentivar nossos filhos:
Todos sabemos que precisamos receber incentivo.
O incentivo não gera de forma alguma, orgulho. Faz exatamente o oposto.
Os filhos crescem, mas ainda gostam de nossa aprovação. Ainda são nossos filhos, mesmo depois que se casam, e continuam a se deliciar com nossos incentivos.
É um privilégio estar em um ambiente de encorajamento!

Oitavo Legado: Amor ao próximo.
Toda Lei se resume em dois mandamentos: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. (Lucas 10:27). Por isso não podemos desprezar que o evangelismo é um ato de amor, todavia esse, é um dos aspectos trágicos em algumas famílias cristãs, conforme relata o autor:
Muitos pais transformam suas casas em fortalezas destinadas a proteger seus filhos de ataques de influencias perversas, e jamais se arriscam para trazer outros para a segurança do Reino.
Desafie seus filhos a compartilharem o evangelho em todas as situações.
A oração deve fazer parte do cardápio, em todas as visitas deles.
Se você não tornou o evangelismo parte importante de sua vida, comece logo. Há oportunidades por toda parte!

Nono Legado: Um baú cheio de histórias.
É interessante como todos gostamos de ouvir histórias, seja as contadas nos livros, seja as que assistimos no cinema, até mesmo àquelas que ouvimos de coisas do cotidiano. E nesse livro, o autor traz um fato importante, “o evangelho é acima de tudo, uma história”! Entre outras coisas nos adverte que:
Crianças amam histórias. Devemos aproveitar isso e contar muitas delas.
Espero que você, como eu, tenha começado a contar histórias quando seus filhos eram pequenos. Mas, se não o fez, pode começar agora.
Quem sabe você, leitor, possa estar dizendo a si mesmo que não tem imaginação suficiente para contar histórias. [...] Aconteceram coisas com os pais, ou avós, que nunca ocorrem com as crianças.
Tocante a elas, viemos de um mundo bem diferente. [...] Somos, na verdade, criaturas potencialmente intrigantes, procedentes de outro tempo, que iam a pé para escola, [...] assistiam filmes em preto e branco, usavam máquinas de escrever, comiam sanduíches baratos, [...] vestiam roupas estranhas e escutavam umas coisas chamadas “LPs”. [...] as diferenças podem ser narradas de uma forma que soam como aventuras exóticas!
Suas histórias estão trancadas em sua memória. Liberte-as! Conte aos seus filhos!

Décimo Legado: Um diário de memórias.
No livro de Jó 19: 23-25 lemos: “Quem me dera agora, que as minhas palavras fossem escritas! Quem me dera, fossem gravadas num livro! E que, com pena de ferro, e com chumbo, para sempre fossem esculpidas na rocha. Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra”.
Ao final do livro “De pais para filhos” o autor faz uma bela reflexão sobre a necessidade de registrar nossas crenças e convicções:
As convicções impressas permanecem vivas!
Na verdade, não importa se você é bom escritor. Não importa se o que você escrever vai se transformar em um livro. O que importa é que sua família terá um registro de suas convicções mais profundas, sobre o que é mais importante na vida.
Coloque em forma de diário, cartas ou crônica.
Por fim, em outras palavras, refaço a pergunta do autor no livro, “o que estamos deixando para os nossos filhos e netos?”.

Fica a dica de leitura do livro.

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